domingo, 20 de setembro de 2009

AMOR

O amo


E o amor

É pó

É pôr

A pedra

A nau

A perda

Ao caos

O amor,

[em si

É o horror

Cactos

Não sei falar,
de cactos e flores
e das cousas todas
que brotam cá dentro
sei falar de melancolia
ilusões e cousas tortas
de teus humores exaustos
de minhas dores impróprias

não sei falar,
de amores e skates
de beijos e taras
Nem de tua íris solta
sei falar de agonia
ilusões e cores mortas
de teus trejeitos intactos
de minhas cores amorfas


Sei falar do fogo que me ateou
Dos desejos amorais e belos
Que desperta com teu cheiro
Do rastro molhado que tua língua
deixa em minhas ancas, em meu corpo todo
Falo desta loucura que me invade
Dos gritos soturnos por tua boca candente.
Enquanto desperta, espero teu beijo.

Não sei falar de moda e times
Conceitos e prosas
Sobre tuas gírias parcas
Ou de minhas falas mortas
Sei falar de nostalgia
Aflições e outras troças
De teus sentidos exaustos
De nossas crises hipócritas.

Não sei falar
De sonhos e cores
humores e sortes
Ou de teus sentidos dóceis
Sei falar de rebeldia
Discussões e pouca sorte
De meus apelos incautos
De tuas falas tão torpes
Não devo, ou quero falar
De ética e fórmulas
Negligencia ou teus crimes
Quero só que da boca toda saiam
Lufadas de esplendido prazer
Que chispem tua pele intumescida
Num raio de concupiscência
Que de tuas mãos insurjam apenas
Gestos estreitos e desbocados
Sem nenhuma lógica,
Sem nenhuma métrica
Sem rima, enigma
Sem som, ou apego...
Só sensações, que desdirei

Não sei falar,
Um amor de mentira
Uma vida perfeita
Ou um riso aleivoso
Falo de nossos momentos
Nossas solidões inóspitas
Destes ares putrefatos
De minhas presas expostas

E todo o mais, sobre o que sei falar...calo...