quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ilusão

Já não sei quem sou
Sou um eu, que inventou vc
E achou que este sonho era par
Inventou que não via tuas falhas
E não percebeu que em teu sarcasmo
escondia-se, assustada
uma face diferente desta aqui
uma cara de menina perdida que sou
O ar pesado na sala de estar silenciosa
não é por causa da noite quente
é pelo frio que nos separa
uma imensidão de palavras
flutua saindo de minha cabeça
eu tapo a boca tentando conte-las
mas elas escapam pelos dedos
provocam náuseas e me engasgam
mas o gelo da sala, as congela antes
que minimamente toquem seus ouvidos
que bom, penso aliviada. . .
elas eram duras demais, e iam te ferir
eram coisas que afiei para te apunhalar
Será que erramos ao escolher este caminho
De ir assim, um beirando a estrada do outro?
Será mesmo que seguiremos assim?
Espero uma palavra tua
que como aquela outra que quase me matou
Possa me salvar deste precipicio
estenda tua mão para que eu volte a estrada
Me ajude a super deste barranco
Se não der, não vou morrer
Mas não posso subr sozinha e aqui
Terei que achar outro caminho...